sábado, 23 de abril de 2016

Câncer de alma

Sentada em cima de um muro imaginario,
abaixo de um céu sem estrelas
Incontrolavelmente chorei...
Não por ter perdido algo, não por ter me machucado
Chorei por existir, chorei por ser quem sou
Chorei por nunca ter chorado
Tinha acabado de voltar do especialista,
daqueles que prometem curar sua dor
Dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente
Mas não a maior dor,
A dor da vida.
Eis que após tanta discussão, tantas (in)conclusões
Cheguei a um dignostico, daqueles aterradores
que te fazem sair da sala de cabeça baixa, lagrimas nos olhos, esperenças destruidas.
Sem acreditar fui para casa, como uma pena carregada por um vento, dois dias depois abro os olhos na cama e vejo que cura não há para o meu mal...
Eu não tenho asma, nem diabetes, muito menos pressão alta,
eu tenho câncer...
Câncer na alma.

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