domingo, 26 de junho de 2016

De sonhos imcompletos

Isso aqui não é poesia,
É um manifesto
Porque tudo que é muito doce um dia amarga,
Desculpe-me os incomodados, mas meu discurso não é feminista,
É feminino.
É sobre o medo de um viver diario, de um SOBREVIVER em sofrimento
Não falo de medo de rato, nem de barata
Pra esses existem veneno,
O medo tem a raiz mais embaixo, no fundo do pensamento
É o medo de sair na rua a noite e ser confundida com um pedaço de carne
Ser humilhada, usada, abusada
Ser violentada, explorada, estuprada
SEM CONSENTIMENTO
É o medo de usar a saia/short da moda,
Naquele passeio com as amigas
Porque se você não tem um carro na porta,
Pior, se morar em periferia
Vai virar alvo da sociedade e nem a sua dignidade, vc vai ter direito:
"Mas na rua, sozinha, uma hora dessa?!"
"Com essa roupa?!"
"Estivesse em casa, não teria acontecido."
Obrigada, sociedade, por me mostrar toda vez, que é em mim que está o perigo.

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